terça-feira, 30 de outubro de 2012

Exposições - Outubro, Novembro e Dezembro


Exposição "Dois Desenhos, Uma Escultura"

José Pedro Croft

(…)A exposição Dois Desenhos, Uma Escultura, que o autor pensou para a galeria Appleton Square, desenvolve-se nos dois espaços de que esta dispõe: o piso térreo, onde está instalada uma escultura, e o piso inferior, consignado ao desenho. A escultura foi trabalhada para o espaço da galeria como se este constituísse desde logo uma corporalidade própria, num jogo de poder equilibrado entre a posição determinada pela montagem, o que significa ter em conta os diversos pontos de vista sobre a obra, e em simultâneo a multiplicidade de planos visuais que desenvolve sobre si mesma e sobre o espaço que integra a partir de uma das suas faces interiores. (…) Curadoria de João Silvério

A exposição está patente ao público até 17 Novembro de 2012

Galeria Appleton Square

Rua Acácio de Paiva nº 27 r/c 
1700-004
Lisboa

Tel.: 210 993 660

Exposição "Os Comedores de Batatas"

Maria Beatriz

Esta série de obras da autoria da Maria Beatriz parte de uma das pinturas mais celebradas de Vincent van Gogh, Os Comedores de Batatas. Trata-se de uma obra do período inicial da sua carreira, anterior à sua instalação em França, onde as preocupações sociais e humanas da obra de maturidade estão já intensamente presentes. No entanto, Maria Beatriz desvia-se de toda a intenção ilustrativa, transportando para a contemporaneidade o tema. Figuras isoladas em vez de um grupo familiar, uma maioria de jovens de diferentes níveis, embora revelando todos sinais de algum desenraizamento social. Na mão ou nos bolsos as personagens mostram grandes e grossos palitos de batatas fritas (tal como se servem nos pacotes comprados nas ruas da Holanda de hoje), sinal recente de comida dos pobres urbanos – como se os sinais de miséria dos mineiros oitocentistas persistissem hoje nesta dimensão da fast food universal. (...)

A exposição está patente ao público até 25 de Novembro de 2012.

Museu da Electricidade

Av. de Brasília, Central Tejo
1300-598 Lisboa
 
Tel.: 21 002 81 90/30




Exposição  "Riso: Uma Exposição a Sério"

“Riso: Uma Exposição a Sério” é composta quase meio milhar de obras de mais de 300 artistas. Conta com pintura, desenho, instalações, vídeo, fotografia, escultura e performances, cinema, BD, programas de televisão, espectáculos, literatura, obras de artistas nacionais e internacionais, oriundas de alguns dos mais importantes museus e colecções particulares. Ocupa todo o piso de exposições do Museu da Eletricidade.
A exposição é comissariada por José Manuel dos Santos, João Pinharanda, Nuno Artur Silva e Nuno Crespo.(...)

A exposição está patente entre 20 de Outubro de 2012 e 17 de Março de 2013.

Museu da Electricidade

Av. de Brasília, Central Tejo
1300-598 Lisboa
 
Tel.: 21 002 81 90/30


Aldeia de Varge, Serra do Montesinho, Trás-os-Montes. Autor: Georges Dussaud. Colecção Nacional de Fotografia – CNF 4568

Exposição "Poesia da Senescência"

Neste percurso de imagens podemos observar figuras de várias gerações, vultos caucasianos, indígenas, africanos e de minorias étnicas, circundados de afectos e outros abandonados e desinseridos, em contexto de dignificação pelo trabalho, pelo lazer, pela religiosidade e pela tradição. Momentos de alegria e serenidade alternados com gestos e expressões de solidão, apatia e sofrimento...
Bernardino Castro, Director de serviços do CPF

A exposição está patente ao público até 30 de Dezembro de 2012.

Centro Português de Fotografia
http://www.cpf.pt/index.htm

Edifício da Ex-Cadeia e
Tribunal da Relação do Porto
Campo Mártires da Pátria
4050-368 Porto

Tel.: 220 046 300

Exposição "Lameiros"

Pedro Calapez

A condição arquitectónica, ainda que atravessada pelas mais inesperadas soluções formais e técnicas marcou sempre, como matriz organizadora e até estruturante, o trabalho de Pedro Calapez (Lisboa, 1953). A par dela, está a memória e um manancial de referências que desconstrói, depura e reinventa para criar fragmentados “campos polícromos de carácter abstracto".(...) Comissariado: Jorge da Costa

A exposição está patente ao público entre 5 de Outubro de 2012 e 6 de Janeiro de 2013.

Centro de Arte Contemporânea Graça Morais
Rua Abílio Beça, 105
5300 – 011 Bragança

Tel.:  273 302 410

Exposição "O lugar das coisas"

Carlos Nogueira

A exposição antológica de Carlos Nogueira (Lourenço Marques, 1947) apresenta uma selecção abrangente da sua produção artística, desde o início da sua actividade (1968) até aos dias de hoje, articulando a prática da performance dos primeiros tempos com a escultura de anos mais recentes. (...)
Curadoria: Catarina Rosendo

A exposição está patente ao público entre 21 de Setembro de 2012 e  6 de Janeiro de 2013.  
CAM - Hall, Sala A e B, Nave e Galeria -1

Centro de Arte Moderna FCG

Rua Dr. Nicolau de Bettencourt
1050-078 Lisboa

Tel.: 21 782 3474 - 21 782 3483
CELESTINO MUDAULANE. O Estado da Cultura Moçambicana, 2010. Acrílico e tinta-da-china sobre papel - Colecção da Fundação PLMJ, Lisboa.

Exposição "100 Obras, 10 Anos": Uma Selecção da Colecção da Fundação PLMJ

(...) Obras exemplificativas da pluralidade de estéticas que caracteriza a colecção da Fundação PLMJ, compõem esta exposição. Assim, cruzam-se disciplinas históricas, como a pintura e a escultura, com as que exploram novos meios de expressão, como o vídeo. Combinam-se, ainda, tendências que dialogam com as tradições das linguagens artísticas e práticas que analisam a vida social, abordando a esfera política e económica.
A exposição reúne artistas consagrados e emergentes do panorama nacional, focando nomes associados às décadas de 1980, 1990 e 2000 de acordo com a lógica de desenvolvimento do acervo da Fundação PLMJ. (...)

A exposição está patente ao público entre 26 de Setembro e 27 de Janeiro de 2013.

Fundação Arpad Szenes e Vieira da Silva

Praça das Amoreiras, 56
1250-020 Lisboa - Portugal

Tel.: 213 880 044 /53

 
Regresso dos Barcos de Pesca, 1895 - Hendrik Willem Mesdag (1831-1915). Óleo sobre tela 130 x 100 cm. Colecção Gemeentemuseum, Haia, Holanda.
Exposição "As Idades do Mar"

Pinturas de artistas como Turner, Friedrich, Ingres, Guardi, Bocklin, Constable, Lorrain, Monet, Courbet, Klee, Dufy, De Chirico, Manet ou Van Goyen, entre muitos outros, são apresentadas nesta exposição centrada nas representações físicas e simbólicas do Mar ao longo de quatro séculos da pintura ocidental (séculos XVI-XX). A pintura portuguesa estará representada por nomes como Amadeo, Vieira da Silva, Sousa Lopes, Noronha da Costa, António Carneiro ou João Vaz.
Curadoria de João Castel-Branco Pereira, diretor do Museu Gulbenkian

A exposição está patente ao público entre 26 de Outubro de 2012 e 27 de Janeiro de 2013.  

Fundação Calouste Gulbenkian
Sala de Exposições Temporárias da Sede
Av. de Berna, 45A
1067-001 Lisboa 

Telf.: 217823000
 

Pormenor: Maggie Taylor (EUA), Always tea time. (Colagem digital, 2008)
Exposição "Um Chá para Alice"

Celebrar a figura central do clássico de Lewis Carroll através de ilustrações é o propósito desta exposição que reúne uma centena de originais de alguns dos melhores ilustradores contemporâneos – 21 autores de 15 países
  
A exposição está patente ao público entre 1 de Novembro de 2012 e 10 de Fevereiro de 2013.  

Fundação Calouste Gulbenkian
Sala de Exposições Temporárias da Sede, piso 01
Av. de Berna, 45A
1067-001 Lisboa 

Telf.: 217823000

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Biografia da artista plástica Niki de Saint Phalle

  Catherine-Marie-Agnès Fal de Saint Phalle

Dia 29 de Outubro (aqui)


 Catherine-Marie-Agnès Fal de Saint Phalle ou apenas Niki de Saint Phalle (29 de Outubro de 1930 - 21 de Maio de 2002) foi uma escultora , pintora e cineasta fracesa. Filha do  conde André-Marie Fal de Saint Phalle (1906-1987), um banqueiro francês, e sua esposa americana, Jeanne Jacqueline (1908-1980). Niki passou os primeiros 20 anos de vida em Nova Iorque, tendo-se matriculado na Brearley School, acabando posteriormente por frequentar a escola Oldfields em Glencoe onde se formou em 1947.  Foi modelo fotográfico das revistas Vogue, Harper's Bazar e Life nos anos 40.

Escorpião e veado, quadro em relevo, pintura a óleo e objectos sobre contraplacado de madeira, c. 1956-1958 - (doação da artista) MAMAC, Museu de Arte Contemporânea e Moderna de Nice
Sem título (Cobra de papel), pintura, objectos de madeira e gesso, sobre contraplacado, c. 1960-61 - (doação da artista) MAMAC
Aos dezoito anos, Niki mudou-se para Cambridge, acompanhada por Harry Mathews,  seu amigo desde os 12 anos.  Começou a pintar, enquanto  o marido estudava música na Universidade de Harvard.A nos depois, viajou para  Maiorca, Espanha, onde nasceu o seu segundo filho. Em  Espanha, visitou Madrid e Barcelona,  e ficou profundamente influenciada pela obra de António Gaudí, especialmente o "Parque Güell", dispôs-se então a criar um dia, o seu próprio jardim,  baseado na combinação de elementos  artísticos  e naturais. 
Ao estudar as obras de artistas como Jean-Jaques Rousseau, Max Ernest, Pablo Picasso e Jean Dubuffet, tornou-se parte dos artistas do grupo da Nouveaux Réalistes. Niki distinguiu-se por criar um mundo de cores puras,  brincar com a cor, com a luz, com o espaço, com os materiais, destacando-se ainda  pelo  uso da técnica do papel machê.

Tempestade (fragmento de Drácula I), objectos, gesso, pintura em madeira, c. 1961 - (doação da artista) MAMAC
O sonho de Diana, litografia, 1970 - ( doação da artista) MAMAC
As personagens que criou são admiravelmente incomuns, assim como os materiais utilizados - fragmentos, ferro-velho, espelhos, plásticos e resinas  -, desenvolvidos nos formatos e na cor, com menções a Gaudí e ao 'Facteur' Cheval, artistas que a influenciaram e entusiasmaram. Mudou-se para Paris em meados de 1950.  Realizou a sua primeira exposição em 1956, na Suíça, onde mostrou o seu estilo de pintura a óleo.  Depois desta mostra, Niki chamou a atenção pública para a série de pinturas “Tiros”, sátiras de pintura informal.
Vénus, lã e outros objectos sobre malha, 1964 - (doação da artista) MAMAC
Nana casa II, polyester pintado, 1966-1987 -  (doação da artista) Museu de Hannover
Nana preta grávida, 1968 - Kunsthalle Mannheim
As primeiras esculturas que lhe deram fama, Nanas iniciadas em 1964, são grandes bonecos que representam o mundo feminino, como as noivas e as mães que dão à luz. Nanas, foram realizadas em lã, fibra de algodão, papel machê, tela de arame com pinturas de cores brilhantes. Niki começou a usar a sua arte para evidenciar nas figuras femininas o seu pensamento em relação à posição da mulher na sociedade. 
Os temas da sua arte representam por vezes, um todo denso, terrível e perverso, mas Niki encontrava vazão noutros temas: a mitologia, as cartas de Tarot, as Noivas, os Altares, os Arcanjos, representados na maioria das vezes em esculturas monumentais. Os monstros e outras criaturas fantásticas também estavam entre os temas das suas obras.
Kunsthalle, cartaz (anjo amarelo), 1987 - (doação da artista) MAMAC
Deus Sol, escultura,fibra de vidro e aço, pintado e dourado, 1983 - Universidade da Califórnia San Diego como parte da colecção Stuart de arte pública.
O Diabo, polyester pintado, 1985 - (doação da artista) MAMAC
Jardim de Tarot, litografia - (doação da artista) MAMAC
O Jardim de Tarot – o seu próprio jardim, como tinha sonhado - começou  com a  aquisição de um terreno em Itália, Provincia de Grossetto, em 1979, a cerca de 100 km a noroeste de Roma. Tendo como inspiração o "Parque Güell" desenhado por Gaudí, concebeu um fantástico jardim cheio de criaturas imaginárias e esculturas-personagens que também são habitação, inspiradas nos símbolos das cartas de Tarot. O jardim foi inaugurado em 1998 após 20 anos de trabalho. Niki Saint Phalle também ilustrou vários livros, projectou cenários para balé e fez filmes, incluindo Daddy (1973). Em 17 de Novembro de 2000 ela tornou-se cidadã honorária de Hannover, Alemanha, e doou peças da sua obra a dois museus. Niki de Saint Phalle morreu com enfisema em 21 de Maio de 2002, na Califórnia.

Jardim de Tarot De metal e betão, espelho, vidro, mosaico cerâmico, pedras, esculturas pintadas de poliéster, 1978-1998. Itália, Província de Grossetto
Jardim de Tarot
  O Anjo Protector, no Hall da Estação Principal de Zurique.
Pássaro simbolo da cidade de Duisburg, carrega Nana.
A toilette, papel machê e vários objecto (chapéus, caixa de pó, flores artificiais, bigoudi, fitas, leque de penas de avestruz...) Papel machê pintado, 1978 - (doação da artista) MAMAC
Rinoceronte, litografia, 1995 - (doação da artista) MAMAC
Fonte das 4 Nanas, poliester pintado, 1974-1991 - MAMAC
Brinquedos fantasmagóricos, esculturas-com-escalada, no Parque de Esculturas de Arca de Noé - Zoo em Jerusalém

Fontes:

http://www.moma.org/collection/artist.php?artist_id=1444
http://www.fembio.org/english/biography.php/woman/biography/niki-de-saint-phalle
http://www.sampa.art.br/biografias/nikiphalle/

domingo, 28 de outubro de 2012

Halloween - abóboras "Jack O'Lantern"

Abóboras Lanternas Assustadoras. Figuras esculpidas em abóboras enormes, para colocar no exterior - DIY
Existe uma história irlandesa baseada na personagem de Jack O'Lantern. Segundo o conto popular, o Jack O'Lantern está ligado ao nome de um fazendeiro perguiçoso Jack Stingy, que convenceu o diabo a subir a uma macieira com a promessa de cidra de maçã. Astutamente, Jack esculpiu o sinal da Cruz no tronco da macieira, enfurecendo o diabo, que não ousou descer e tocar na Cruz. Jack só desfez o sinal quando o Diabo concordou em nunca levar a sua alma. 
Depois de algum tempo Jack morreu, mas por causa da sua vida de travessuras e embriaguez, não pode ir para o céu. O Diabo lembrando a sua brincadeira com a cruz sobre a macieira, recusou a entrada de Jack no inferno e lançou-lhe uma brasa ardente, para se alumiar.  Jack passou a vaguear pela terra em busca de um lugar de descanso, carregando a chama dentro de um nabo - a sua comida preferida. Assim, ficou conhecido por o Jack O'Lantern.
Os imigrantes irlandeses levaram o costume do Jack O'Lantern para a América. Tradicionalmente esculpidas em nabos, as lanternas do Mundo Novo foram realizadas com abóboras, fáceis de obter e esculpir.
Nas ilhas britânicas, os nabos e as beterrabas foram utilizados para fazer lanternas, por vezes com rostos esculpidos, para o festival de Samhain (31 de Outubro a 1 Novembro) Gaelic, no século XIX, em algumas zonas da Irlanda e Escócia.

Abóbora Lanterna com tatuagem artística. Esta abóbora está coberta de desenhos esculpidos em baixo-relevo que mostram o interior laranja da abóbora - DIY
Abóbora Homem Sol. O tipo de abóbora usada para criar estas esculturas são as chamadas Gigantes do Atlântico. Foto de David Billings - DIY
Abóbora Chompers. Foto de David Billings - DIY
Abóbora Aranha Spooky.  Aranhas assustadoras são presença indispensável durante a festa de Halloween - DIY
Abóbora Febre da Selva. Transformação de uma abóbora  num terrível gorila com dentes extra grandes - DIY


Imagens para esculturas em abóboras, com mais sugestões e instruções em  www.hgtv.com


Caveira com vela - HGTV
O Gato e a Lua - HGTV
 Jack Feliz - HGTV
Bruxa - HGTV
Coruja - HGTV

Aranha Negra - NGTV

Abóboras de várias dimensões.
Abóbora esvaziada e recortada.

1 - As abóboras maiores são indicadas para as lanternas de iluminação exterior. As abóboras mais pequenas para iluminação interior.

2 - As abóboras esvaziam-se depois de recortar um orifício ou cortar uma tampa, de acordo com a escultura a realizar. Para retirar a polpa e as sementes utiliza-se uma colher de sorvete e um escavador de bolas.

3 - O desenho é realizado no lado de fora da abóbora com uma caneta à base de álcool. Em seguida os cortes são realizados sobre as marcas de guia.

4 - As abóboras também podem ser utilizadas para conter alimentos.

Lanterna de decoração e iluminação interior.

Fontes:

http://www.hgtv.com/
http://www.diynetwork.com/

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Biografia do pintor Tomás José da Anunciação

Retrato de Tomás José da Anunciação, gravura sobre papel china acinzentado, 1859. Autoria de Joaquim Pedro de Sousa - Museu do Chiado/Museu Nacional de Arte Contemporânea.

Dia 26 de Outubro (aqui)

Aqueduto de Lisboa, c. 1850, litografia (desenho do natural) - Biblioteca Nacional Digital.
Tomás José da Anunciação nasceu a 26 de Outubro de 1818 em Lisboa, na freguesia da Ajuda. Oriundo de uma família de escassos meios, desde cedo mostrou o seu talento. O pintor revelou inclinação para o desenho, explorando a natureza e cenas rurais. Iniciou a sua carreira como desenhador do Museu de História Natural. A sua formação artística continuou na Real Academia de Belas-Artes de Lisboa, onde entrou em 1837, com 19 anos, sendo dos primeiros a matricular-se.
A pintura de Tomás da Anunciação começa a ser reconhecida quando estabelece relação com o rei D. Fernando de Saxe-Coburgo e Gotha - marido da rainha D. Maria II - que em 1848 lhe adquiriu uma tela, tendo a sua fama progredido a partir de então, registando numerosas incumbências. 

Animais (boi da Beira), lápis sobre papel, século XIX - Museu do Chiado/Museu Nacional de Arte Contemporânea.
Paisagem com animais, óleo sobre tela, 1851 - Museu do Chiado/Museu Nacional de Arte Contemporânea.
Vista da Amora, paisagem com figuras, óleo sobre tela, 1852 - Museu do Chiado/Museu Nacional de Arte Contemporânea.
A obra de Anunciação foi suscitando em Portugal o interesse de cada vez mais investidores, as encomendas provêm do duque de Palmela, conde de Carvalhal, conde Daupiás e também alguns pintores como Delfim Guedes (futuro conde de Almedina) e Luís Tomasini. O acolhimento da obra de Tomás da Anunciação concedeu-lhe em 1852 a entrada na Real Academia de Belas-Artes como professor substituto da cadeira de Pintura de Paisagem, Animais e Produtos Naturais. A sua candidatura foi aceite depois de mostrar as obras Vista Tirada do Sítio da Amora, uma composição de nome Flores e um estudo de Uma Árvore. Assumiu as funções de professor catedrático com o quadro Vista de Penha de França, em 1857.
Em 1856, organizou uma exposição colectiva ao lado de Metrass, Cristino, Anastácio Rosa, entre outros nomes, na qual exibiu oito pinturas e duas água-fortes. O famoso quadro O Sendeiro é um dos que figuraram na exposição.
O sendeiro, óleo sobre madeira, 1856 - Museu do Chiado/Museu Nacional de Arte Contemporânea.
Vista da Penha de França, óleo sobre tela, 1857 - Museu do Chiado/Museu Nacional de Arte Contemporânea.
Vista de uma parte da feira do Campo Grande, litografia aguarelada (desenho do natural), 1960 - Biblioteca Nacional Digital
Fundou a Sociedade Promotora de Belas-Artes (1862-1881), onde fomentou diversas exposições. Obteve a medalha de honra na Exposição Industrial do Porto (1865).
Anos mais tarde em 1867, com 49 anos, realizou a sua primeira visita a Paris por ocasião da Exposição Internacional para a qual fora seleccionado. Nesta cidade tomou contacto com as obras de mestres como Palizzi, Claude Lorrain, Constable, Rousseau e os pintores de Barbizon. A sua pintura a partir de então conheceu um novo alento. Expôs pela primeira vez em Madrid (1871), tendo sido premiado com a Medalha de Prata.
Em 1974, a sua saúde debilita-se mas continua a passear pelo campo estudando ao vivo os animais. Por nomeação régia foi professor da rainha D. Maria Pia - mulher do rei D. Luis I - e director da Galeria Real da Ajuda. Já no final da vida e doente, foi director da Real Academia de Belas-Artes (1878).
A vasta obra de Tomás José da Anunciação, com temática paisagista e animalista, manifesta influências tanto do romantismo como do naturalismo realista. Faleceu em 1879 após uma congestão pulmonar. Silva Porto ocupou o seu lugar no ensino da pintura. A sua obra está representada na Casa-Museu dos Patudos, Alpiarça, no Museu Grão-Vasco, Viseu, no Solar do Monteiro-Mor do Juncal, Estremadura, no Museu Quinta das Cruzes, Madeira e no Museu do Chiado/Museu Nacional de Arte Contemporânea, Lisboa.

Feira de Gado, óleo sobre tela, 1861 - Museu Quinta das Cruzes, Madeira
Na Eira, óleo sobre tela, 1961 - Museu do Chiado/Museu Nacional de Arte Contemporânea.
À entrada do aprisco, óleo sobre tela, 1873 - Museu do Chiado/Museu Nacional de Arte Contemporânea.
O vitelo, óleo sobre tela, 1873 - Museu do Chiado/Museu Nacional de Arte Contemporânea.

Fontes:

http://mjm.imc-ip.pt/pt-PT/biografias/ContentDetail.aspx?id=166
http://www.museuquintadascruzes.com/pt-PT/Coleccoes/pintura/ContentDetail.aspx?id=266
http://naturlink.sapo.pt/Lazer/Cultura-e-Natureza